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Fui tomar um café

Paulo André Rockenbach

Professor, pesquisador

Autor do livro Observações em Verso e Prosa

 

Com aquela sensação de estares ao meu lado, na cafeteria, dois cafés gentilmente ao atendente solicitei. Puxa vida, mas dois cafés? Até a cadeira ajeitada foi, assim aguardei e o café tomei, o teu? Na xícara ficou, amargo, não pus o açugar, não sei teu gosto, como gostas. O tempo me tomou, enganou, fiquei conversando comigo mesmo, rindo sozinho, gesticulando, parecia demente ou insano que coisas pinta, vê, voa sem asas. Ao pagar a conta o mesmo atendente sorrindo perguntou: a companhia não veio? Ao assimilar sua curiosidade, seu desejo, respondi que veio sim, que sempre é assim, um par ímpar, único, brilha, sorri, poucos a veem, mas sempre do meu lado está. Tomando o caminho de casa para trás olhei, com os olhos fixos, tentando ouvir o meu diálogo, o simpático atendente consigo pensou, admirando o personagem espontâneo, que consigo leva um Mundo, para um Amor, para sempre Recordar e um dia da gaveta, do seu livro, jardim, sonhos tirar e viver.

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