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MultiFamília: Sobre o Dia dos Namorados

Anemari Schmidt, teacher da Cliff Idiomas, bacharel em Comércio Exterior

Todos nós buscamos a companhia de alguém que nos compreenda, uma pessoa com quem possamos viver momentos bons, mãos dadas, passeios ao sol, beijos e abraços. Alguém que desperte nossa melhor versão, que nos faça ver a beleza do mundo e que permaneça ao nosso lado quando nem tudo estiver bem.

Hoje, quando tanta coisa é virtual, também os namoros podem ser e é coisa muito comum, principalmente entre os jovens. Então, são amores a longas distâncias, conversas tecladas madrugadas adentro, desabafos sem abraços, beijos na tela fria, o imaginário realçado. Lealdade e fidelidade de um casal. Melhores amigos, confidentes, amantes. Um dia, quem sabe, finalmente o encontro e a consolidação de uma relação. Ou não...

Também têm os amores maduros, aqueles de segunda, terceira ou mais chance. Onde existe a busca pela felicidade, acreditando mesmo ser possível. Empolgação de adolescente a cada tentativa. Nas redes ou nos bailinhos.

E têm aqueles que se tornam eternos namorados em relacionamentos sólidos que atravessam décadas e gerações. 

Relacionamentos que podem ser de romantismo, flores e bombons. Carinho, cuidado e amor. A outra metade da laranja. Mas será que se eu não estou inteira posso tentar me completar em outra pessoa? 

E quando o relacionamento traz dor, machuca, abusa? O que me impede de terminá-lo? Às vezes, ele é tudo o que se tem, a ponto da pessoa não se dar conta do quanto é prejudicial, apenas ela começa a se perceber mais triste a cada dia, sem entender o motivo. E encontra sempre desculpas, justificativa pelo comportamento da outra pessoa. Perdoa, pois “nunca mais vai acontecer”. Mas acontece, pior até. E ela sente seu mundo cair. Mas um sorriso e um novo pedido de desculpas põem tudo no lugar de novo. E assim segue, até que um dia o ciclo se quebre e a alforria é conseguida, pois acaba mesmo sendo uma escravidão. E pode também ser uma estória que tem um final ainda menos feliz!

O respeito precisa ser a base. Respeito ao outro e a si mesmo. Sem essa de minha tampa da panela! Não dá para entrar numa relação pela metade e esperar que o outro o complete. É preciso entrar por inteiro e ficar ligado para ver se no decorrer do tempo você permanece a mesma pessoa do início, sem que precise mudar para agradar ou deixar pedaços seus pelo caminho.

Que o amor ao outro seja imenso, mas nunca maior que o próprio! 

Enamore-se de você mesmo. Respeite-se. Ame-se. Arrume sua casa interior. E assim, de casa arrumada, receba a visita do amor! Permita-se sentir, andar com a cabeça nas nuvens e os pés no chão. E com aquele sorriso bobo no rosto. E seja feliz!

Revista MultiFamília, Ed. 29, Junho+Julho/2020 - ISSN 2447.631-5

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